Publicado no dia 13 de Agosto de 2010.
MPE ouve mais um suspeito
Último suspeito da fraude a ser preso ficou detido apenas por um dia
Em 40 minutos de depoimento no Ministério Público Estadual (MPE), o ex-vice-presidente da Fundação do Meio Ambiente (Feam) e ex-diretor de planejamento do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Gastão Vilela França Filho, negou ontem qualquer tipo de envolvimento na Máfia Verde.
Ele é um dos investigados no esquema de corrupção que, segundo o MPE, funcionava dentro do IEF e era comandado por Humberto Candeias, ex-diretor geral do órgão e braço-direito do secretário de Estado de Meio Ambiente, José Carlos Carvalho.
Os esclarecimentos prestados ao promotor da Promotoria do Patrimônio Histórico e Cultural, Marcos Paulo de Souza Miranda, aconteceram no mesmo dia em que Gastão Filho foi solto. Ele havia sido detido na segunda-feira, 9, em Ituiutaba, no Triângulo Mineiro, e foi transferido na terça-feira, 10, para Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.
Depois de ficar pouco mais de nove horas preso na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, o suspeito foi liberado por um habeas corpus concedido pelo desembargador Agostinho Gomes de Azevedo, da 7ª Câmara Criminal. Gastão Filho deu entrada na penitenciária às 20h42 de segunda e saiu às 5h50 de terça. De acordo com seu advogado, Aurélio Pajuaba, Gastão Filho é inocente da acusação de favorecer um possível esquema de fraude dentro do IEF.
Investigação. Já o advogado Leonardo Nogueira, que representa Sérvulo Figueiredo Godoy, outro suspeito de envolvimento no esquema, reclamou ontem que o Ministério Público Estadual não liberou o inquérito para consulta dos advogados.
Mesmo sem saber quais são as suspeitas que recaem sobre Godoy, ele disse que seu cliente não tem qualquer envolvimento com os crimes investigados. A suspeita do Ministério Público é de que durante o período em que estiveram no IEF, os suspeitos usaram seus cargos para praticar irregularidades.
Entenda o caso
Máfia Verde. No último dia 5, o Ministério Público estourou a operação Máfia Verde. O objetivo era desvendar um esquema de corrupção dentro do IEF que seria comandado por seu ex-diretor geral, Humberto Candeias.
Prisões. No mesmo dia, a polícia prendeu Candeias e os ex-funcionários Itamar Ferreira e Sérvulo Godoy - soltos por habeas corpus dois dias depois. Gastão Filho foi preso no dia 9 e libertado no dia seguinte.
Crimes. Os quatro são suspeitos de desmatamento ilegal para a produção de carvão, apropriação indevida de honorários, acordos judiciais ilegais, cancelamento indevido de multas, fraude em licitações e pagamento indevido de diárias.
(O Tempo)
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