“Uberabinha, meu amigo” visita a Reserva do Clube Caça e Pesca
A Associação para a Gestão Socioambiental do Triângulo (Angá) encerrará neste sábado, 26, a primeira etapa das oficinas realizadas em Uberlândia pelo projeto “Uberabinha, meu amigo”. O último encontro será uma visita técnica ao clube Caça e Pesca a partir das 7h, no qual, alunos e professores que frequentaram as quatro oficinas, entre os meses de setembro e outubro, conhecerão de perto ambientes da bacia que estudaram.
A reserva escolhida é considerada um dos dois últimos fragmentos de Cerrado existentes no perímetro urbano da cidade – o outro é a Fazenda Tatu, do Exército. “O Caça e Pesca tem um grande potencial para lazer, turismo e oportunidades de pesquisa que podem ser e já estão sendo realizadas”, ressalta Gustavo Malacco, biólogo e presidente da Angá. Ele esclarece que a área de quase 1.000 hectares sofre com a pressão imobiliária, além de ser alvo de incêndios criminosos e de descarte irregular de resíduos no seu entorno.
De grande beleza cênica, os ambientes de Cerrado da Reserva tem enorme potencial para ser um grande jardim botânico. “Esperamos que os políticos de Uberlândia sejam responsáveis e não entreguem esta área para as empreiteiras”, argumenta Malacco, salientando que, se transformada em espaço de visitação, a área poderá ser autossustentável, gerando emprego e renda para moradores da região.
No trabalho de campo, alunos das quatro escolas que participam do projeto Uberabinha, meu Amigo, em Uberlândia, as estaduais Custódio Pereira, Sete de Setembro, Frei Egydio Parisi e o Colégio Nacional, serão guiados pelos biólogos Paula Hemsing e Eurípedes Luciano. Na ocasião, eles terão contato com espécies da flora e da fauna do Cerrado ao percorrerem as trilhas da reserva, entre outras atividades que estão sendo preparadas.
Durante a visita, os alunos irão produzir imagens e entrevistas para a produção de um vídeo. “Eles poderão colocar em prática as técnicas de audiovisual que conheceram e também o que aprenderam sobre bacias hidrográficas e a biodiversidade do Cerrado”, diz a gestora de Comunicação do projeto, Betânia Côrtes. “Estamos animados com esta ida a campo; queremos que ela inspire o grupo a sentir que o Cerrado é parte fundamental da nossa cultura e que preservá-lo é também valorizar e proteger nossa própria identidade”, concluiu.